sábado, 2 de junho de 2012

Prova de Sociologia, 2º bimestre 2012 E.E. Professora Beatriz Lopes - 2012

O que é mudança social e quais as suas causas? Cite exemplos
Toda transformação observável no tempo que AFETA, de maneira que não seja provisória ou efêmera, a estrutura ou o funcionamento da organização social de dada coletividade e modifica o curso da história. É mudança de estrutura resultante da ação histórica de certos fatores ou de certos grupos no seio de dada coletividade. As mudanças sociais podem ser ocasionadas por diversos fatores, dentre eles os geográficos (como condições climáticas e de solo, inundações, ciclones, furações, maremotos, terremotos, erupções vulcânicas, nevascas, pragas etc.); lideranças carismáticas; a ocorrência de fenômenos demográficos (como as migrações, emigração e imigração, como por exemplo, as pessoas que saem de suas regiões de origem para estabelecer em outras regiões para conseguir uma mudança tanto social como financeira); fatores ideológicos (como por exemplo, a ideologia alemã de Marx); e as invenções e descobertas (a descoberta de penicilina, as teses de Copérnico, as mudanças tecnológicas o desenvolvimento intelectual, o avanço da ciência e da tecnologia)
O que é socialização e quais seus tipos? Cite exemplos
Socialização é a assimilação de hábitos característicos do seu grupo social, todo o processo através do qual um indivíduo se torna membro funcional de uma comunidade, assimilando a cultura que lhe é própria. É um processo contínuo que nunca se dá por terminado, realizando-se através da comunicação, sendo inicialmente pela "imitação" para se tornar mais sociável. A Socialização é o processo através do qual o indivíduo se integra no grupo em que nasceu adquirindo os seus hábitos e valores característicos. É através da socialização que o indivíduo pode desenvolver a sua personalidade e ser admitido na sociedade. A socialização é, portanto, um processo fundamental não apenas para a integração do indivíduo na sua sociedade, mas também, para a continuidade dos sistemas sociais.
É o processo de integração do indivíduo numa sociedade, apropriando comportamentos e atitudes, modelando-os por valores, crenças, normas dessa mesma culturas em que o indivíduo se insere.
Os tipos de socialização são:
Socialização primária - onde a criança aprende e interioriza a linguagem, as regras básicas da sociedade, a moral e os modelos comportamentais do grupo a que se pertence. A socialização primária tem um valor primordial para o indivíduo e deixa marcas muito profundas em toda a sua vida, já que é aí que se constrói o primeiro mundo do indivíduo.
Socialização secundária: todo e qualquer processo subsequente que introduz um indivíduo já socializado em novos sectores do mundo objectivo da sua sociedade (na escola, nos grupos de amigos, no trabalho, nas atividades dos países para os quais visita ou emigra, etc.), existindo uma aprendizagem das expectativas que a sociedade ou o grupo depositam no indivíduo relativamente ao seu desempenho, assim como dos novos papéis que ele assumirá nos vários grupos a que poderá pertencer e nas várias situações em que pode ser colocado.
O que são agregados sociais? Quais os tipos de agregado sociais e suas características?
Agregados sociais constituem uma reunião de pessoas frouxamente aglomeradas que, apesar da proximidade física, tem um mínimo de comunicação e de relações sociais. Apresentam as seguintes características: anonimato, não-organizada, limitado contato social, insignificante modificação no comportamento dos componentes, são territoriais e temporários. Os principais tipos de agregados sociais são:
Manifestações publicas: (agregados de pessoas reunidas deliberadamente com determinado objetivo);
Agregados residenciais: (apesar dos seus componentes estarem próximos, mantêm-se relativamente estranhos; não há, entre eles, contato e interação e também não possuem organização);
Agregados funcionais: (constituem uma zona territorial onde os indivíduos tem funções especificas);
Multidões: (agregados pacíficos ou tumultuosos de pessoas ocupando determinado espaço físico).
Como foi que a noção de igualdade emergiu na sociedade e como essa noção de igualdade foi propagada no decorrer da história?
A noção de igualdade não é facilmente aceitável na cultura humana. Desde as mais antigas civilizações, o homem buscou suas diferenças, seja essas diferenças de origem, de nacionalidade ou até mesmo de classe social. Toda a antiguidade conheceu ideologias que pregavam diferenças no interior de uma sociedade ou entre sociedades. Foi somente a partir do cristianismo que a noção de igualdade emergiu na sociedade, como a noção que todos, sem exceção, somos filhos de Deus. Essa noção era absolutamente nova num mundo que procurava sempre identificar um único e verdadeiro povo escolhido. Nos séculos seguintes essa ideia de igualdade entre os homens foi se desenvolvendo e se firmando. Os filósofos da procuraram descobrir novos aspectos dessa igualdade - vontade, liberdade e, enfim, igualdade jurídica e civil. O socialismo procurou mostrar que a estrutura de classes sociais era responsável pelas diferenças entre os homens e a causa de todas as outras desigualdades- de educação, de interesses, de consciência. O capitalismo, por sua vez, responsável por inúmeras novas diferenças entre os homens, desenvolveu, por outro lado, a indústria de massa, geradora de grande homogeneização no mundo, diluindo diferenças e padronizando estilos de vida e consumo.
Leia o texto a seguir para responder o teste de alternativa:
“Desde o início a criança desenvolve uma interação não apenas com o próprio corpo e o ambiente físico, mas também com outros seres humanos. A biografia do indivíduo, desde o nascimento, é a história de suas relações com outras pessoas. Além disso, os componentes não sociais das experiências da criança estão entremeados e são modificados por outros componentes, ou seja, pela experiência social.” (BERGER, Peter L. e BERGER, Brigitte. “Socialização: como ser um membro da sociedade”. In FORACCHI, Marialice M. e MARTINS, José de Souza. Sociologia e Sociedade. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1977, p. 200).

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