domingo, 2 de setembro de 2012

A trama da rede


A TRAMA DA REDE (BRANDAO, C.R)
SOCIOLOGIA 2º ANO                                                  Carlos Rodrigues Brandão
I
Essa é a trama da rede:
o tecido das trocas que fabricam
o pano de uma rede de dormir
enreda o corpo do homem na tarefa
de criar na máquina a rede com a mão.

A armadilha do trabalho em casa alheia
engole o homem e enovela todo o corpo
no fio no fuso na roda na teia
do maquinário da manufatura
que produz o seu produto: a rede
e reduz o corpo-operário à produção.
[...]

III
O corpo-bailarino que transforma
a coisa bruta em objeto
(a fibra em fio e o fio em pano)
e o objeto na mercadoria
(o pano pronto na rede e sua valia)
transforma o corpo do homem operário
em outro puro objeto de trabalho
pronta a fazer e refazer no fuso
aquilo de que a fábrica faz sua riqueza
de que, quem faz não se apropria.
[...]

VII
Sob a trama do trabalho em tear alheio
o corpo não possui seu próprio tempo
e é inútil que lhe bata um coração.

O relógio interior do operário
é o que existe na oficina, fora dele,
de onde controla o tear e o tecelão.

VIII
De longe o dono zela por quem faz:
pela força do homem que trabalha,
não pela vida do trabalhador.
Aqui não há lugar para o repouso
ainda que o produto do trabalho
seja uma rede de pano, de dormir
e que comprada serve ao sono e ao amor.

IX
Durante a flor da vida inteira
fazendo a mesma coisa e refazendo
uma operação simples de memória
o operário condena o próprio corpo
a ser tão automático e eficaz
que domine o gesto que o destrói.
A reprodução contínua, diária, igual
de um mesmo gesto repetido e limitado
todos os dias, sobre os mesmos passos,
ensina ao artesão regras de maestria
do trabalho que afinal então domina
através de saber sua ciência
com a sabedoria do corpo massacrado.
[...]

XI
Quem fia e enfia?
Quem carda e corta?
Quem tece e trança?
Quem toca e torce?
A moça o menino.
A velha o homem.
Eles são, artistas,
parte do trabalho coletivo
que faz a trama da rede
e a rede pronta:
o objeto bonito do descanso
que inventa a necessidade
da servidão do trabalho
do corpo produtivo.

XII
A dança ritmada desse corpo
de bailarino-operário de um ofício
de que o produto feito não é seu,
cria o servo de quem lhe paga aos sábados
Para o que sobra da vida de trabalho
do corpo de quem fez e não viveu.
O trabalho-pago, alheio e sempre o mesmo
obrigando o operário bailarino
à rotina de fazer sem possuir
torna-o, artista, servo do ardil
de entretecer panos e redes sem criar
e recriar-se servo sem saber.
[...]

XIV
Não conhece descanso o corpo na oficina.
Ele é parte das máquinas que move
e que movidas não sabem mais parar.
Os pés descalços prologam pedais
os braços são como alavancas
e as mão estendem pontas de um fio
que existe no fuso e no tear.


O trabalho do corpo é o objeto
que o homem vende ao dono todo o dia.
O corpo-livre pertence ao maquinário
que o homem converte no operário
de que reira o preço do sustento:
a comida a cama a casa o agasalho
o que mantém vivo o corpo e o seu trabalho.


______________
Fontes: (SÃO PAULO-SEE, Caderno do professor: Sociologia, EM, 2ª S., V.3, 2009, pp.07-08)

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Prova de Sociologia, 2º ano do ensino médio. 2º bimestre 2012 E.E. Professora Beatriz Lopes - 2012

LEMBRANDO QUE A PROVA SERÁ NO DIA 11 DE JUNHO.
O que é estratificação social e qual a diferença entre castas e estamentos?    
R: A estratificação social refere-se a um arranjo hierárquico entre os indivíduos em divisões de poder e riqueza em uma sociedade. É a diferenciação hierárquica entre indivíduos e grupos, segundo suas posições (status), estamentos ou classes. A estratificação social consiste na separação da sociedade em grupos de indivíduos (estratos sociais) que apresentam características parecidas, como por exemplo: negros, brancos, católicos, protestantes, homem, mulher, pobres, ricos, etc. A estratificação expressa desigualdades.
As castas compostas de um número muito grande de grupos hereditários. Os papéis das pessoas na sociedade são determinados por sua ascendência. Esse é um modelo de estratificação que não apresenta nenhuma possibilidade de mudança de posição social, por isso é chamado de fechado, pois a pessoa que pertence a uma casta só se pode casar com um membro da mesma casta. Ex. na Índia a estrutura de castas tem natureza religiosa.
Os estamentos constituem uma forma de estratificação social com camadas sociais mais fechadas do que as das classes sociais e mais abertas do que as das castas, motivo pelo qual é chamada semi-aberta. Os Estamentos são reconhecidos por lei e geralmente ligados ao conceito de honra, ou seja, o prestigio é o que determina a posição da pessoa na sociedade. Ex.: a sociedade medieval.
E qual a diferença entre consumo e consumismo?  O que o consumismo pode causar ao ser humano?
R: Consumo é alguém adquirir, aproveitar bens, produtos, para satisfazer reais necessidades. Consumimos água e alimentos para podermos sobreviver. Comprar roupas é uma atividade de consumo motivada por uma necessidade real, precisamos nos vestir para vivermos numa sociedade que não aceita a nudez no dia a dia, também para agasalhar nossos corpos do frio, da chuva. Ou seja, o consumo se baseia em necessidades primordiais para o homem e para a sociedade na qual vive.
O consumismo, por outro lado, é o ato, ou hábito, de adquirir produtos em geral supérfluos sem que haja necessidade real, de maneira muitas vezes compulsiva, gerando até mesmo problemas financeiros para as pessoas, que desviam parte do dinheiro que seria empregado para fins mais necessários para compras sem necessidade. Há quem chegue a graus extremos de consumismo, comprando montes de coisas sem nem saber o que são, para que servem, e depois se arrependem ao ver que perderam dinheiro e criaram dificuldades financeiras para elas mesmas, por vezes sentem-se culpadas, mas não conseguem evitar que essas atitudes consumistas e negativas se repitam. Mesmo sem falar de casos extremos, as atitudes consumistas não costumam levar a fim positivo nenhum. Compra-se por comprar, não se satisfaz de verdade necessidade alguma, mesmo que temporariamente isso pareça acontecer.
O que é cultura para a sociologia e para o senso comum?
R: Para a sociologia, Cultura é tudo aquilo que resulta da criação humana. São ideias, artefatos, costumes, leis, crenças morais, conhecimento, adquirido a partir do convívio social. Só o homem possui cultura. Seja a sociedade simples ou complexa, todas possuem sua forma de expressar, pensar, agir e sentir, portanto, todas têm sua própria cultura, o seu modo de vida. Não existe cultura superior ou inferior, melhor ou pior, mas sim culturas diferentes.
Já no senso comum, cultura adquire diversos significados: grande conhecimento de determinado assunto, arte, ciência, muitas vezes as pessoas dizem: “fulano de tal tem cultura”, e “beltrano não tem cultura”, como se a cultura fosse patrimônio apenas de algumas poucas pessoas.

Leia o texto a seguir para responder o teste de alternativa:
Segundo Eclea Bosi a cultura de massa não passa, na verdade, de um oceano de imposições ditadas pelos meios de comunicação, muitas vezes identicamente destinadas às mais diferentes regiões e povos. Não é por outro motivo que as massas, sejam da América, Europa ou Ásia, apreciam e produzem a mesma arte, vestem as mesmas roupas, gostam das mesmas comidas. Não é por razão diversa que os estilos, as maneiras, as tradições, enfim, a cultura peculiar de cada povo vem dando lugar, em larga medida, a uma triste vitrine universal. (BOSI,2000:102)

sábado, 2 de junho de 2012

Prova de Sociologia, 2º bimestre 2012 E.E. Professora Beatriz Lopes - 2012

O que é mudança social e quais as suas causas? Cite exemplos
Toda transformação observável no tempo que AFETA, de maneira que não seja provisória ou efêmera, a estrutura ou o funcionamento da organização social de dada coletividade e modifica o curso da história. É mudança de estrutura resultante da ação histórica de certos fatores ou de certos grupos no seio de dada coletividade. As mudanças sociais podem ser ocasionadas por diversos fatores, dentre eles os geográficos (como condições climáticas e de solo, inundações, ciclones, furações, maremotos, terremotos, erupções vulcânicas, nevascas, pragas etc.); lideranças carismáticas; a ocorrência de fenômenos demográficos (como as migrações, emigração e imigração, como por exemplo, as pessoas que saem de suas regiões de origem para estabelecer em outras regiões para conseguir uma mudança tanto social como financeira); fatores ideológicos (como por exemplo, a ideologia alemã de Marx); e as invenções e descobertas (a descoberta de penicilina, as teses de Copérnico, as mudanças tecnológicas o desenvolvimento intelectual, o avanço da ciência e da tecnologia)
O que é socialização e quais seus tipos? Cite exemplos
Socialização é a assimilação de hábitos característicos do seu grupo social, todo o processo através do qual um indivíduo se torna membro funcional de uma comunidade, assimilando a cultura que lhe é própria. É um processo contínuo que nunca se dá por terminado, realizando-se através da comunicação, sendo inicialmente pela "imitação" para se tornar mais sociável. A Socialização é o processo através do qual o indivíduo se integra no grupo em que nasceu adquirindo os seus hábitos e valores característicos. É através da socialização que o indivíduo pode desenvolver a sua personalidade e ser admitido na sociedade. A socialização é, portanto, um processo fundamental não apenas para a integração do indivíduo na sua sociedade, mas também, para a continuidade dos sistemas sociais.
É o processo de integração do indivíduo numa sociedade, apropriando comportamentos e atitudes, modelando-os por valores, crenças, normas dessa mesma culturas em que o indivíduo se insere.
Os tipos de socialização são:
Socialização primária - onde a criança aprende e interioriza a linguagem, as regras básicas da sociedade, a moral e os modelos comportamentais do grupo a que se pertence. A socialização primária tem um valor primordial para o indivíduo e deixa marcas muito profundas em toda a sua vida, já que é aí que se constrói o primeiro mundo do indivíduo.
Socialização secundária: todo e qualquer processo subsequente que introduz um indivíduo já socializado em novos sectores do mundo objectivo da sua sociedade (na escola, nos grupos de amigos, no trabalho, nas atividades dos países para os quais visita ou emigra, etc.), existindo uma aprendizagem das expectativas que a sociedade ou o grupo depositam no indivíduo relativamente ao seu desempenho, assim como dos novos papéis que ele assumirá nos vários grupos a que poderá pertencer e nas várias situações em que pode ser colocado.
O que são agregados sociais? Quais os tipos de agregado sociais e suas características?
Agregados sociais constituem uma reunião de pessoas frouxamente aglomeradas que, apesar da proximidade física, tem um mínimo de comunicação e de relações sociais. Apresentam as seguintes características: anonimato, não-organizada, limitado contato social, insignificante modificação no comportamento dos componentes, são territoriais e temporários. Os principais tipos de agregados sociais são:
Manifestações publicas: (agregados de pessoas reunidas deliberadamente com determinado objetivo);
Agregados residenciais: (apesar dos seus componentes estarem próximos, mantêm-se relativamente estranhos; não há, entre eles, contato e interação e também não possuem organização);
Agregados funcionais: (constituem uma zona territorial onde os indivíduos tem funções especificas);
Multidões: (agregados pacíficos ou tumultuosos de pessoas ocupando determinado espaço físico).
Como foi que a noção de igualdade emergiu na sociedade e como essa noção de igualdade foi propagada no decorrer da história?
A noção de igualdade não é facilmente aceitável na cultura humana. Desde as mais antigas civilizações, o homem buscou suas diferenças, seja essas diferenças de origem, de nacionalidade ou até mesmo de classe social. Toda a antiguidade conheceu ideologias que pregavam diferenças no interior de uma sociedade ou entre sociedades. Foi somente a partir do cristianismo que a noção de igualdade emergiu na sociedade, como a noção que todos, sem exceção, somos filhos de Deus. Essa noção era absolutamente nova num mundo que procurava sempre identificar um único e verdadeiro povo escolhido. Nos séculos seguintes essa ideia de igualdade entre os homens foi se desenvolvendo e se firmando. Os filósofos da procuraram descobrir novos aspectos dessa igualdade - vontade, liberdade e, enfim, igualdade jurídica e civil. O socialismo procurou mostrar que a estrutura de classes sociais era responsável pelas diferenças entre os homens e a causa de todas as outras desigualdades- de educação, de interesses, de consciência. O capitalismo, por sua vez, responsável por inúmeras novas diferenças entre os homens, desenvolveu, por outro lado, a indústria de massa, geradora de grande homogeneização no mundo, diluindo diferenças e padronizando estilos de vida e consumo.
Leia o texto a seguir para responder o teste de alternativa:
“Desde o início a criança desenvolve uma interação não apenas com o próprio corpo e o ambiente físico, mas também com outros seres humanos. A biografia do indivíduo, desde o nascimento, é a história de suas relações com outras pessoas. Além disso, os componentes não sociais das experiências da criança estão entremeados e são modificados por outros componentes, ou seja, pela experiência social.” (BERGER, Peter L. e BERGER, Brigitte. “Socialização: como ser um membro da sociedade”. In FORACCHI, Marialice M. e MARTINS, José de Souza. Sociologia e Sociedade. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1977, p. 200).

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Prova de filosofia, 2º bimestre 2012 E.E. Professora Beatriz Lopes - 2012

O que é lógica e como ela se divide?
R; A lógica é a ciência que tem por objeto determinar, por entre todas as operações intelectuais que tendem para o conhecimento do verdadeiro, as que são válidas, e as que não são. Ou, simplesmente, ciência da forma (ou estrutura) do pensamento. Assim, a lógica preocupa-se com o aspecto formal de um raciocínio ou argumento (não com o seu conteúdo) formulando regras do pensamento correto.
A lógica devido a uma questão histórica e dialética, costuma ser dividida em lógica clássica (ou tradicional, de origem aristotélica) e lógica moderna (ou simbólica ou matemática, desenvolvida a partir do século XIX). No entanto, a lógica clássica está contida na lógica moderna.
O que são proposição categórica e qual a diferença entre indução e dedução?
R: proposição categoria é a proposição que afirma ou nega a relação entre dois termos, sem colocar dúvida ou condição. É formada por sujeito, verbo de ligação e predicado, na forma S é P. Indução é quando se parte do particular para se chegar no universal e dedução e quando se parte do universal para se chegar no particular.
Segundo Platão, existe um Deus criador como no cristianismo? E o que é o Demiurgo e qual a sua função segundo Platão?
R; Segundo Platão não existe um deus criador, como no cristianismo e sim um Demiurgo, que é um “Daimon” que plasma as ideias, ou seja, tudo que vemos no mundo sensível é copias das ideias plasmadas pelo Demiurgo.
É possível conciliar fé e razão? Como foi construída a doutrina cristã na Idade Média?
R;Na Idade Média surgiram pensadores cristãos que defenderam o conhecimento da filosofia grega, percebendo a possibilidade de utilizá-la como instrumento a serviço do cristianismo. Conciliaram com a fé cristã, o estudo da filosofia grega permitiria á Igreja enfrentar os descrentes e derrotar os hereges com as armas racionais da argumentação lógica. O objetivo era convencer os descrentes, tanto quanto possível, pela ração, para depois fazê-los aceitar a imensidão dos mistérios divinos, somente acessível pela fé. Aparece na Idade Médias inúmeros pensadores tentando fazer essa conciliação, que são: Os padres apostólicos; os padres apologistas; os padres da Igreja ou patrística; e os escolásticos.
A doutrina cristã foi sendo construída originalmente com uma corrente heterodoxa do judaísmo e, como tal, manteve o que os cristãos chamam de Velho Testamento como parte de seu livro sagrado (a Bíblia), mas incorporou a ele o Novo Testamento, redigido pelos apóstolos e primeiros cristãos durante o século I d.C.
O desenvolvimento inicial do cristianismo ocorreu juntamente com a edificação da Igreja Católica, instituição que foi a única representante do cristianismo por muitos séculos, até o iniciou da Idade Moderna.
Boa parte da doutrina cristã integra o pensamento grego e quem teve a tarefa de construir essa doutrina foram os Padres da Igreja e outros lideres cristãos, com o propósito de explicar e justificar diversos aspectos de sua fé.  Nos primeiros séculos de nossa era, as obras de Platão e de Aristóteles haviam desaparecido.
 Assim, as principais concepções gregas absorvidas pelo cristianismo, nesse período, vieram e escolas filosofias helenísticas e greco-romanas, com destaque para o estoicismo e o neoplatonismo.
Para Aristóteles, existe um motor imóvel que não é causado por nenhuma causa, mas que é a causa de todas as outras causas, sendo causa de si próprio. Segundo esse pensamento é incorreto afirma que:

terça-feira, 27 de março de 2012

PROVA DE FILOSOFIA - 1ºBIMERSTRE 1º ANO DO ENSINO MÉDIO - 2012 E.E. PROFª BEATRIZ LOPES

1.            Quais as condições históricas, políticas e sociais que permitiram o surgimento da filosofia?
R: Podemos apontar como principais condições históricas, políticas e sociais para o  surgimento da filosofia na Grécia:
As viagens marítimas – que permitiram aos gregos descobrir que os locais que os mitos diziam habitados por deuses, titãs e heróis eram, na verdade, habitados por outros seres humanos; e que as regiões dos mares que os mitos diziam habitadas por monstros e seres fabulosos não possuíam nem monstros nem seres fabulosos. As viagens produziram o desencantamento ou a desmistificação do mundo, que passou, assim, a exigir uma explicação sobre sua origem, explicação que o mito já não podia oferecer;
A invenção do calendário – que é uma forma de calcular o tempo segundo as estações do ano, as horas do dia, os fatos importantes que se repetem, revelando, com isso, uma capacidade de abstração nova, ou uma percepção do tempo como algo natural e não como um poder divino incompreensível;
A invenção da moeda – que permitiu uma forma de troca que não se realiza através das coisas concretas ou dos objetos concretos trocados por semelhança, mas uma troca abstrata, uma troca feita pelo cálculo do valor semelhante das coisas diferentes, revelando, portanto, uma nova capacidade de abstração e de generalização;
O surgimento da vida urbana – com predomínio do comércio e do artesanato, dando desenvolvimento a técnicas de fabricação e de troca, e diminuindo o prestígio das famílias da aristocracia proprietárias de terras, por quem e para quem os mitos foram criados;
A invenção da escrita alfabética – que, como a do calendário e a da moeda, revela o crescimento da capacidade de abstração e de generalização, uma vez que a escrita alfabética ou fonética, diferentemente de outras escritas – como, por exemplo, os hieróglifos dos egípcios ou os ideogramas dos chineses –, supõe que não se represente uma imagem da coisa que está sendo dita, mas a idéia dela, o que dela se pensa e se transcreve;
A invenção da política – que introduz três aspectos novos e decisivos para o nascimento da filosofia:
A idéia da lei como expressão da vontade de uma coletividade humana que decide por si mesma o que é melhor para si e como ela definirá suas relações internas.
O surgimento de um espaço público que faz aparecer um novo tipo de palavra ou de discurso, diferente daquele que era proferido pelo mito.
A política estimula um pensamento e um discurso que não procuram ser formulados por seitas secretas dos iniciados em mistérios sagrados, mas que procuram, ao contrário, serem públicos, ensinados, transmitidos, comunicados e discutidos.
2.            O que caracteriza a filosofia pré-socrática? Cite pelo menos um filósofo pré-socrático e sua filosofia.
R: A filosofia é pré-socrática é caracterizada pela preocupação em perguntar e compreender a natureza do mundo. Queriam entender a origem, aquilo que originou todas as coisas, o princípio delas. Os filósofos pré-socráticos são divididos em escolas do pensamento: Escola Jônica, Escola Itálica, Escola Eleática, Escola Atomística; de acordo com o local e problemas discutidos por seus pensadores.
A Escola Jônica recebe este nome por se desenvolver na colônia grega Jônia, na Ásia Menor, local onde hoje é a Turquia. Seus principais filósofos foram: Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso. Pensavam sobre o elemento primeiro, chegando a conclusões diferentes. Para Tales, o elemento que forma todas as coisas é a Água. Para Anaximandro, o elemento é o Ápeiron, aquilo que é ilimitado e que possibilita a união e separação dos diferentes corpos. Para Anaxímenes, o elemento é o Ar. De acordo com Heráclito, o elemento que representa a natureza das coisas é o fogo. Apesar das diferenças sobre qual seria o elemento primeiro, os filósofos da Escola Jônica pensavam o mundo como algo em movimento, a água que congela e evapora, o ápeiron que não pode ser determinado e não é estático, o ar nada palpável e o fogo que está sempre em movimento e transformando o que queima.
3.            É possível saber como a nossa inteligência funciona, do mesmo modo que o técnico conhece o funcionamento de um aparelhode rádio ou de televisão?
R: Sim, é possível saber como nossa inteligência funciona e como ela aprende. Para isso existe a reflexão, que consiste em fazer a inteligência olhar para si mesma. Ao olharmos para nós mesmos, conseguimos perceber os componentes de nossa maneira de pensar, pois existem várias peças (ou partes) em nós, assim como na televisão.
O técnico deve aprender como funciona cada uma das peças do rádio ou da televisão para perceber onde serão necessários os ajustes.
Do mesmo modo, ao refletir, podemos aprender o funcionamento de cada “peça” da nossa inteligência, ajustá-la se necessário e, assim, desenvolver nossa inteligência.
4.            Para Kant, o que é conhecimento a priori e conhecimento a posteriori?
R: Para Kant, o conhecimento a priori é o conhecimento adquirido sem a necessidade da experiência e a posteriori é o conhecimento ao qual se chega depois da experiência.

PROVA DE SOCIOLOGIA - 1º BIMESTRE. 1º ANO DO ENSINO MÉDIO - 2012 E.E.PROFª BEATRIZ LOPES

1.    Quais os problemas existentes no “Olhar de Senso Comum”?

R: O problema existente em olhar a realidade com o Senso Comum seria a fragilidade de suas comprovações. Sem base científica aquilo que é verdade em um determinado lugar pode não ser em outro um pouco mais distante. O Senso Comum produz vários tipos de “olhares”, entre eles são:
a) imediatista: é simplista, ou seja, muitas vezes não é fruto de uma reflexão profunda e cuidadosa. Não tem preocupação em definir realmente as coisas.
b) superficial: se conforma com a aparência das coisas, como se pudesse comprovar somente por estar junto das coisas;
c) acrítico: não questiona o que é dito e simplesmente aceita;
d) cheio de sentimentos: marcado por emoções que normalmente tiram das pessoas sua objetividade;
e) cheio de preconceitos: conceitua antecipadamente as coisas, ou seja, a atitude de achar que já sabe sem entender profundamente uma coisa.
2.    Como o objeto da sociologia se constitui historicamente?

R: O objeto da sociologia se constitui historicamente como o conjunto de relações que os homens estabelecem entre si na vida em sociedade, ou seja, relações de cooperação, conflito etc.

3.    O que são status e papel social?

R: A ideia de status social está ligada às diferentes funções que um sujeito pode ocupar no interior da sociedade em que vive.
O status social pode ser classificado em status atribuído e status adquirido. Quando o indivíduo já nasce com certos conceitos e supostas qualidades pré-estabelecidas, esse status é denominado atribuído, como por exemplo, sexo, raça. O status adquirido é aquele que o indivíduo obtém por meio de seus esforços e habilidades pessoais. O status adquirido é o mais comum, sendo que os indivíduos buscam sempre conquistar um grau mais elevado, como por exemplo, “especialista” ou “criminoso”
Nesse momento o conceito de papel social aparece justamente para explicar quais seriam os direitos e deveres que uma pessoa tem ao ocupar um determinado status social. Dessa forma, vemos que o papel social envolve todo o tipo de ação que a própria sociedade espera no momento em que um de seus integrantes ocupa certo status. Exemplificando de forma simples, podemos dizer que o médico deve salvar vidas, a mãe cuidar de seus filhos e o professor repassar conhecimento para os alunos.


4.    O que são processos sociais? Explique as causas do isolamento, do contato social e da interação social.

R: Processos sociais são as formas pelas quais os indivíduos se relacionam uns com os outros, ou seja, as formas de estabelecer as relações sociais.
Interação: A interação social é a ação social de dois ou mais indivíduos em contato. Distingue-se da mera interestimulação em virtude de envolver significados e expectativas em relação às ações de outras pessoas. Podemos dizer que a interação social é a relação de ações sociais.
Contato Social: Os contatos sociais são os primeiros passos para qualquer associação humana, pois a convivência humana pressupõe uma variedade de formas de contato. É à base da vida social.
Isolamento: A falta de interação social, também reconhecida como isolamento social retira do homem a possibilidade de se construir uma consciência coletiva e convivência coletiva. O isolamento social pode ser causado por bloqueios emocionais, psicológicos e sociais. Geralmente, há casos de interesse que geradores desse quadro, como pessoas politicamente ou economicamente ‘poderosas’ que se isolam para proteger a sua reputação, vantagem, autoridade sobre os demais, segurança e sentimento de superioridade.

domingo, 25 de março de 2012

RECADO PARA OS ALUNOS DO 2º ANO 2012

A PROVA SERÁ REALIZADA NO DIA 02/04/2012

A DATA DE ENTREGA DO TRABALHO PARA O SEGUNDO SERÁ NO DIA 30/03/2012, NÃO ACEITAREI TRABALHOS FORA DO PRAZO.

A NOTA NO CADERNO SERÁ DADA NO DIA 09/04/2012, FAVOR NÃO ESQUEÇAM DE TRAZER OS CADERNOS E AS APOSTILAS.